Um dia antes do outono começar e o clima já está tão outono.
Acordei cedo, olhei pela janela e percebi o tempo pálido, com gotas de chuva pra todo lado. Virei de lado e acendi um cigarro.
Acordei cedo, olhei pela janela e percebi o tempo pálido, com gotas de chuva pra todo lado. Virei de lado e acendi um cigarro.
Estou doente. Os médicos recomendam que eu pare de fumar,
pois, já é evidente minha saúde frágil {...} na verdade eu já me sinto
condenado há tempos {...}
Isso me aterroriza, mas sabe o que mais, o que não me aterroriza?
A constante sensação de vazio já é o bastante e, nunca
encontrei algo melhor para preencher essa coisa que grita aqui dentro do que
experimentar e me regozijar e me deliciar em silêncio com tudo que me leve para
longe de tudo.
A vida passou a ter um gosto diferente. Um gosto que não
faço questão de experimentar, um sabor enjoado, com um cheiro terrivelmente cruel.
E é tudo tão paradoxal.
Tão entediante.
Tão banal.
O Réquiem de um morto-vivo.
0 comentários:
Postar um comentário